O Delegado Geral Fábio Rogério Silva juntamente com a Delegada Titular
da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (DEICOR), Sheila
Freitas, concederam entrevista na manhã desta terça-feira (08), no Fórum
do município de Caicó, para detalhar as investigações sobre o caso do
jornalista Francisco Gomes de Medeiros, o F.Gomes, assassinado no dia 18
de outubro de 2010, em Caicó.
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João Francisco dos Santos - Dão |
Na entrevista a delegada Sheila Freitas contou sobre a condução das
investigações que culminaram na prisão dos envolvidos, bem como a
conduta de cada um deles no crime.Um dia após o assassinato do
radialista, a polícia efetuou a prisão o pistoleiro João Francisco dos
Santos, o “Dão”, autor confesso dos tiros que mataram o radialista.
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Rivaldo Dantas de Farias |
No entanto, as investigações sobre o caso levantaram outros envolvidos.
Dentre eles o comerciante Lailson Lopes, Vulgo “Gordo Da Rodoviária”,
como mandante do crime, seu advogado Rivaldo Dantas de Farias, Gilson
Neudo Soares do Amaral, vulgo “Pastor”, além do Policial Militar Evandro
Medeiros e do Coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira.
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Policial Militar Evandro Medeiros |
O comerciante Lailson Lopes, mais conhecido como “Gordo da Rodoviária”,
preso desde o dia 21 de janeiro do ano passado, foi o mandante do
assassinato do radialista, em virtude motivada principalmente pelas
denúncias constantes do radialista sobre o tráfico de drogas e também
por causa da amizade e admiração que a esposa do acusado tinha com a
vítima. Lailson inclusive compareceu ao velório de F. Gomes para não ser
considerado como suspeito.
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Gilson Neudo | |
Lailson Lopes foi preso junto com Rivaldo Dantas, na ocasião sob
acusação de extorsão. A partir disso, a Polícia Civil começou as
investigações sobre a ligação dele com o pistoleiro “Dão”, solicitando
inclusive, a quebra de sigilo telefônico e bancário dos envolvidos. Em
depoimento “Dão” confessou ter sido Lailson o mandante do crime, o que
culminou com a prisão preventiva do comerciante.
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Lailson Lopes - Gordo da Rodoviária |
Foram constatadas também diversas ligações telefônicas que Lailson
recebeu e efetuou, a partir das 18 horas do dia da morte de F. Gomes,
com Rivaldo, Dão, Pastor Gilson e do PM Evandro, bem como no decorrer da
madrugada após o crime, havendo, portanto, uma intensa comunicação
entre os acusados, o que contribuiu para incriminar os acusados.
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Tenente-coronel Marcos Moreira |
Um dos motivos que teria
motivado Lailson a mandar matar o radialista, de acordo com as
investigações feitas pela Deicor, foi porque este havia denunciado o
acusado, dono de uma loja de celulares em Caicó, de utilizar o seu
comércio como fachada para praticar diversos crimes, razão pela qual,
Lailson moveu ação judicial contra rádios e jornais. As investigações
concluíram também que Dão foi pago pelo grupo, para matar F. Gomes,
visto que tinha laços estreitos com Rivaldo, que era seu advogado e com
quem trabalhava como motorista, recebendo um telefone com chip, apenas
para se comunicarem após o crime. Pela empreitada Dão receberia
inicialmente, R$ 3 mil para fugir, pagos por Pastor, e mais R$ 5 mil,
que seriam pagos pelo Coronel Moreira e repassados por Rivaldo.
A Polícia Civil chegou ainda à conclusão da participação efetiva do
Pastor Gilson no crime. Ele possuía ligações estreitas com o Gordo e
Rivaldo e inclusive teria ficado incomodado com as acusações feitas por
F. Gomes, na ocasião em que fora preso, razão pela qual, adentrou com
várias ações exigindo danos morais, tanto da rádio onde a vítima
trabalhava, como dos jornais que noticiaram o fato, e o Estado, pois
alega ter sido preso injustamente. Segundo Lailson, antes de planejarem a
morte do radialista, Pastor e Rivaldo teriam planejado envenenar todos
os funcionários da Rádio, como vingança.
Já contra o advogado Rivaldo Dantas pesa a acusação de ter sido ele o
responsável por toda a logística do crime, fornecendo inclusive a arma
para Dão matar F. Gomes, de quem também não gostava. Arrecadou também o
dinheiro para o pagamento do crime, e sendo o responsável pelo depósito
de cinco cheques que lhe foram entregues pelo Coronel Moreira na conta
de seu irmão Renner. Rivaldo contou com o apoio do PM Evandro para
esconder a arma utilizada no crime e para ajudar na fuga de Dão. Com
relação à Moreira, pesa o fato de ele ter vendido um Triciclo em
parcelas, e que parte desse dinheiro seria usado para pagar Dão.
fonte Sidney Silva
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